O que é o professor facilitador

Quando pensamos no que é melhor para a criança, é preciso primeiro a ajustar o ambiente para que esse desenvolvimento seja mais produtivo. Crianças são crianças e aquelas com alguma dificuldade também. É nesse momento que o profissional com o foco na criança pode usar a psicopedagogia para facilitar esse processo. Além de espelhar a psicoeducação entre pais e professores.

Em nosso país já estamos com escassez de professores especialistas, quem dirá psicoeducadores, que são os mais indicados, e nada valorizados para essa função tão importante que pode fazer a diferença no desenvolvimento escolar de tantas crianças, sejam elas ditas especiais ou não.

Com a crescente demanda, professores pesquisadores tem se especializado cada vez mais nessas dificuldades. Primeiramente para obterem sucesso em suas aulas, com um público mais diverso e democrático.  E alguns desses mesmos professores têm oferecido ajuda às instituições e famílias, facilitando assim, o processo escolar.

Fui surpreendida ao por o termo “facilitador de aprendizado” no google e descobrir que é uma profissão, com formação e área de atuação. Uma profissão que eu acredito, mesmo antes de saber que ela existia formalmente.

Analisando o currículo desse profissional, observei pontos que eu acredito que façam toda diferença como: neurociência, psicologia cognitiva comportamental, fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outras. Além é claro de sua formação básica de atuação e sua especialidade. Um professor facilitador pode por exemplo ter feito curso de formação de professores com nível médio, depois ter cursado português, se especializado em linguística e depois então perceber que essa trajetória não alcança a todos, por isso pode se voltar para cursos de extensão em libras ou psicopedagogia para ilustrar o que estou tentando dizer.  O professor simplesmente nunca para. Não é o diploma, mas sim o que é exigido dele que o faz se aprimorar para conseguir atender o maior número de alunos possível e muitas vezes impossível também.

Parece loucura, mas o professor regente necessita de tantas habilidades que nem consigo enumerar aqui. Por isso vou falar por mim, que sou professora de línguas e atuo como professora de inglês. Sendo eu o que chamamos professor 1 de Inglês – termo legal para professores de disciplinas específicas (por curiosidade o pedagogo que pode atuar como professor de todas as disciplinas no ensino fundamental 1 é chamado de professor 2). Voltando, eu P1 de Inglês já alfabetizei, desfraldei, alimentei, acalentei, consolei, fui psicóloga familiar e reconciliadora, entre outras coisas. E isso também foi feito por mim quando fui aluna. Ser professor traz uma carga invisível. O profissional regente não dá conta. E não tem nada a ver com má vontade como ouço pelos corredores da vida.

É uma realidade burocrática esmagadora, que obriga o educador a cada vez mais se explicar no papel, tomando um tempo precioso do olho no olho… de ouvir de fato o aluno e entender que aquele ser-humaninho é mais do que um conceito, é um ser cognoscente em processo. Esse aluno clama por suporte e não por números.